Matéria da Folha Online:
O governo brasileiro distribuirá
durante o Carnaval deste ano 70 milhões de preservativos como medida
de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente
transmissíveis, anunciou nesta quinta-feira o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
Nas cidades que mais recebem visitantes durante o
carnaval, que será celebrado em todo o país entre 17 e 22 de
fevereiro, como Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Olinda, São Paulo
e Ouro Preto, serão realizados exames gratuitos de HIV, com
resultado imediato, indicou Padilha.
O ministro, citado pela estatal Agência Brasil,
apontou que a campanha de prevenção neste ano terá como foco os
jovens homossexuais com idades entre 15 e 24 anos.
O Ministério da Saúde indicou que o contágio de
aids nos jovens heterossexuais entre 15 e 24 anos caiu 20,1% entre
1998 e 2010, mas na população homossexual dessa faixa etária
aumentou 10,1% no mesmo período.
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Será
que casais casados têm mais relações sexuais durante o feriado do
carnaval? Porque eu já sei que casais casados têm mais relações sexuais (e de qualidade) do que solteiros durante todo o ano (veja aqui)!
Não falo de modo algum dos casais cristãos, que, provavelmente,
declinam das relações sexuais devido ao intenso trabalho
evangelístico de rua ou aos acampamentos de Igreja em que estarão
envolvidos. Seria pedir muito que estes casais mantivessem o folego
sexual, enquanto passam as noites e os dias distribuindo folhetos,
bíblias, aconselhando, acolhendo, resgatando, evangelizando (só
quem já se envolveu nisso sabe como é que é). Seria pedir muito
aos casais que também se envolvem em acampamentos, porque estarão
pastoreando, ensinando, evangelizando, aconselhando, resgatando
crianças e jovens da triste ilusão da propaganda de látex do sexo banalizado. Assim, é
evidente que a pergunta com a qual abri este texto não se dirige aos
casais cristãos. Por isso, duvido muito que o Governo esteja
preocupado com esse grupo que acabei de citar.
Pergunto de novo: Será que casais casados têm mais relações
sexuais durante o feriado do carnaval? Será que o Governo estaria
preocupado com casais que saíram para desfilar, pular, beber,
dançar, se alegrar por incessantes 4 dias (às vezes, até mais) juntamente com seus respectivos
cônjuges? Valeria fazer um levantamento e constatar se o feriado de
carnaval despertaria a libido a tal ponto que esses casais
necessitassem de receber um reforço governamental de camisinhas para
o feriado. Duvido que casais com este perfil estejam preocupados em
aumentar o número das relações sexuais nos 4 dias de folia, uma
vez que sua vida sexual estaria muito bem distribuída pelos outros
dias do ano. Para um intenso aumento de vida sexual pode-se optar por
melhores lugares como Bariloche ou uma praia deserta, quem sabe?
Enfim, seria este, então, o público visado pelo Governo Brasileiro?
Então,
vamos por partes. O texto acima da Folha Online começa com uma mentira: “O
governo brasileiro distribuirá durante o Carnaval deste ano 70
milhões de preservativos como medida de prevenção contra a Aids e
outras doenças sexualmente transmissíveis, anunciou nesta
quinta-feira o ministro da Saúde, Alexandre Padilha”.
Você já descobriu a mentira? Não?! Leia de novo o parágrafo
acima... E agora? PRESTE ATENÇÃO: camisinha NÃO É 100% segura
contra nenhuma doença sexualmente transmissível! Pior, a camisinha
não é capaz de reter a hepatite, pelo simples fato de que a
camisinha não é 100% segura! Mas não é só isso, como se trata de
uma doença viral, qualquer lesão (ainda que imperceptível), qualquer ferida que haja na
região genital (por baixo dos pelos pubianos, por exemplo),
transmitirá hepatite B. Além da hepatite, que lesiona o fígado, há
outras doenças virais que seguem o mesmo roteiro.
PENSE BEM: ainda que você receba uma camisinha que esteja dentro
do
prazo de validade, ainda que você não esteja tão bêbado a ponto
de colocar a camisinha no dedo, ainda que você, no frisson do
momento, coloque a camisinha bem posicionada conforme manda a bula,
enfim, se você vencer os obstáculos que acabei de dizer (sem contar
que ela ainda possa “estourar” ou que logo após a ejaculação,
antes ou durante a retirada da camisinha, pode haver vazamento de
sêmen e o contágio irá ocorrer), ainda assim ela não é 100%
segura (e piora se você levar em conta tudo isso que eu acabei de
dizer). Porque as doenças virais não passam apenas pelo contato com
o sêmen, mas também pelo sangue (micro lesões) e por fluídos
corporais (suor e saliva)! É o caso do HPV, responsável pelo câncer
de colo de útero! “Mas doutor! Eu e meu namorado sempre transamos
de camisinha! Não é possível que agora eu esteja infectada”! -
diz a boba da corte. Querida, vírus como o HPV podem ficar encubados
por até 10 anos. Então, o que o Governo pretende com a propaganda da
camisinha é criar a falsa sensação de segurança
pró-promiscuidade!
O Governo mente e continua mentindo: “Nas cidades que mais
recebem visitantes durante o carnaval, que será celebrado em todo o
país entre 17 e 22 de fevereiro, como Rio de Janeiro, Recife,
Salvador, Olinda, São Paulo e Ouro Preto, serão realizados exames
gratuitos de HIV, com resultado imediato, indicou Padilha” - viu
agora a mentira? Viu o tamanho da irresponsabilidade governamental?
“Exames gratuitos de HIV, com resultado imediato” (!!!).
“Resultado imediato”? Para quê? “Meu bem, viu? Eu estou limpo
e você também... então vamos transar sem camisinha”! - pensarão
os bufantes! É a contradição da contradição de um governo
envesado. O governo quer distribuir uma camisinha que, por si mesma,
já não é 100% segura; e, se depender do folião alcoolizado e
drogado, aí é que a coisa piora; mas para que distribuir camisinhas
ineficazes e indesejáveis pelos mais calientes, se você pode fazer um exame para saber na
hora se está limpo de HIV?... Mas é só HIV o que existe? E a
Hepatite? E o HPV? E a gonorreia, a sífilis, o cancro mole, etc?!
Então,
a quem se dirige o reforço de camisinhas durante o carnaval? A
própria reportagem da Folha Online revela o que motiva farta
distribuição: “Nas
cidades que mais recebem visitantes...”. Eis a resposta! A
camisinha visa criar uma falsa sensação de segurança para o
turista sexual! Seja o turista nacional, seja o estrangeiro, mas a
campanha visa o trânsito, o tráfego, o encontro fortuito, a transa
fugaz, o sexo casual, enfim, é o item indispensável do kit-promiscuidade! Contudo,
o que estes transeuntes não sabem (ou será que sabem?) é que a
camisinha é distribuída como prevenção à doenças que não são
impedidas só por causa do seu uso. Até mesmo, porque, veja como é séria a
situação da falsa propaganda ou da verdade pela metade: a maioria
dos viciados contaminados com o vírus da Hepatite B por compartilhar
suas seringas, também estão contaminados com o HIV! Assim, a
maioria das pessoas que está contaminada com o HIV, por causa da
queda da sua imunidade, pode estar carregando em si outros vírus que
causam câncer, demência e até a morte. Doenças que se forem
barradas pela camisinha não serão pelo rala e rola do momento
carnavalesco.
Realidades como essa tornam a camisinha uma propaganda pró-promiscuidade
extremamente perigosa e irresponsável por parte não só do
Governo, mas também dos meios de comunicação e dos órgãos de
medicina, que poderiam ser mais transparentes e honestos sobre o uso
da camisinha e suas reais consequências e eficácia na prevenção
de DST'S.
Mas o ministro ainda diz um fato importante: “O ministro, citado
pela estatal Agência Brasil, apontou que a campanha de prevenção
neste ano terá como foco os jovens homossexuais com idades entre 15
e 24 anos”. Há duas situações aqui: além de passar a falsa
segurança pró-promiscuidade, além do incentivo a que menores de
idade pratiquem sexo casual, além do cuidado com uma parcela da
sociedade em detrimento de outras, o kit-promiscuidade do governo
reduz a realidade à fantasia de que HIV é a doença do século, o
mal do século e silencia sobre o contágio de outras doenças tão
fatais quanto (principalmente para a mulher). Mas por que esse zelo governamental pelos jovens
homossexuais? Resposta abaixo.
“O Ministério da Saúde indicou que o contágio de aids nos
jovens heterossexuais entre 15 e 24 anos caiu 20,1% entre 1998 e
2010, mas na população homossexual dessa faixa etária aumentou
10,1% no mesmo período” - nas palavras do próprio governo a AIDS
ainda prefere um grupo social: os homossexuais. Grupo que tem ao
longo dos anos sido enganado por duas velhas mentiras do Estado: 1ª)
de que a camisinha previne milagrosamente o HIV; 2ª) de que o HIV não prefere
grupos que tenham uma vida sexual promíscua.
Por que a aids tem crescido entre jovens homossexuais, enquanto tem declinado substancialmente entre jovens heterossexuais? Arrisco lembrar que, enquanto para os homossexuais é negado o direito de saber que sua conduta sexual é pecado, aos jovens heterossexuais, não! Enquanto o governo insiste em distribuir seu kit-sodomia nas escolas, na contra-mão disso tudo estão igrejas e famílias que têm apostado na receita da educação sexual pró-monogamia – esta sim 100% eficaz contra doenças sexualmente transmissíveis. Evangélicos, católicos e demais grupos cristãos têm alertado seus jovens e amigos para as mentiras e meias-verdades que o Governo conta. Mas não podemos dizer essas mesmas verdades aos homossexuais, porque seremos acusados de homofóbicos!
Por que a aids tem crescido entre jovens homossexuais, enquanto tem declinado substancialmente entre jovens heterossexuais? Arrisco lembrar que, enquanto para os homossexuais é negado o direito de saber que sua conduta sexual é pecado, aos jovens heterossexuais, não! Enquanto o governo insiste em distribuir seu kit-sodomia nas escolas, na contra-mão disso tudo estão igrejas e famílias que têm apostado na receita da educação sexual pró-monogamia – esta sim 100% eficaz contra doenças sexualmente transmissíveis. Evangélicos, católicos e demais grupos cristãos têm alertado seus jovens e amigos para as mentiras e meias-verdades que o Governo conta. Mas não podemos dizer essas mesmas verdades aos homossexuais, porque seremos acusados de homofóbicos!
70 milhões de camisinhas... Parece até apoteose de Copa do mundo
da fornicação: “70 milhões em ação, pra frente Brasil, salve a
danação”!
Mas
se ainda há alguma ilusão quanto ao uso da camisinha e suas reais
consequências, encerro com a citação de Reinaldo Azevedo: Edward
Green é uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de
combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto
de Investigação e Prevenção da AIDS
(APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e
Desenvolvimento de Harvard. O que ele diz? O
PAPA ESTÁ CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZ SUA
SANTIDADE. Ora, como pode o
papa estar certo? Em entrevistas concedidas no ano passado aos sites
National
Review Online (NRO)
e Ilsussidiario.net,
Green afirma que as evidências que existem apontam que a
distribuição em massa de camisinha não é eficiente para reduzir a
contaminação na África. Na verdade, ao NRO,
ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal
política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiario,
ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O
que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso
da camisinha e um aumento da AIDS. Não sabemos todas as razões. Em
parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco
compensação” - literalmente, nas palavras dele ao NRO:
“Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco,
frequentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais
riscos do que aquele que não a usa”.
Este post foi publicado às vésperas do carnaval do ano passado (2012) sob o título: "Por que distribuir 70 milhões de camisinhas durante o carnaval?"
Leia também o artigo da revista Galileu: O PAPA ESTÁ CERTO
Kit-promiscuidade...o autor disse tudo! Sexo seguro é um casamento dentro dos padrões divinos. Abraços.
ResponderExcluirOlá, Tom! Escrevi este texto há um ano, mas, infelizmente, a mentalidade reinante da imoralidade promovida pelo Estado continua a mesma. Abraços!
ExcluirSempre disse isso, mas me impressiona o quanto os pastores brasileiros ficam calados, mais uma vez se esquecem que a sociedade entra na igreja junto com as pessoas...inclusive esses "políticas públicas"!
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